A que horas começa a noite? 18 horas? O relógio marcava 19h20 e o céu ainda estava claro, o sol não havia se posto. Deveria ter dito boa tarde, ou boa noite?
Quando começa a noite? A pergunta agora é diferente e a resposta mais óbvia e simples: assim que o sol se põe!
O relógio marca 12h PM em algum ponto da Antártida em um mês de janeiro. É verão, e o sol continuará no céu por mais alguns meses. Seriam 12 horas da noite?
As convenções, como se percebe, podem atrapalhar a nossa comunicação, embora sejam importantíssimas. Em todo caso, é preciso ter em mente que se trata apenas de uma convenção, e só isso. As convenções não são a realidade em si, e nem se propõem a isso, são apenas uma maneira de sincronizarmos o nosso entendimento da realidade, o que pode mudar com o tempo. Mas estamos tão condicionados às convenções que a tomamos por realidade, e então acabamos por acreditar que o sol se põe sempre às 18h, em qualquer lugar e em qualquer época, mesmo que nossos olhos nos digam o contrário.
Na educação, ocorre o mesmo.
Convencionou-se que uma aula deve durar 50 minutos, independentemente da disciplina, do assunto, do professor e dos alunos. Convencionou-se que uma nota acima de 60% equivale a uma aprovação, o que significaria aprendizado. Mesmo que nossos olhos nos digam o contrário. Convencionou-se que uma sala de aula deve ter carteiras em fila e um quadro negro às costas do professor. Convencionou-se que o aluno aprende se estudar e prestar atenção nas aulas. Mesmo que nossos olhos nos digam o contrário.
São convenções, e só isso!
Por que, então, insistimos com as convenções? Talvez porque desaprendemos, ao longo dos anos, a observar e compreender a realidade, por nós mesmos: cada aluno é único, cada aula é única, cada processo educacional é único, cada professor e cada escola são únicos, e as convenções, infelizmente, não podem dar conta dessa diversidade.
Da mesma forma, nos acostumamos a adequar os fatos à teoria!
Precisamos, pois, reaprendermos a observar e compreender a realidade que se nos mostra aos sentidos e à consciência.
Menos convenções e mais atuação no mundo real, é o que a Educação necessita.
Bacaníssimo o texto. Interessante notar que existem professores que fogem as convenções e apresentam aulas muito mais interativas. Claro que nem sempre pode-se inovar, um quadro negro cheio de vez em quando é ótimo, mas existem professores que vivem apenas disso… Cabe também ao aluno se motivar em ir buscar o conhecimento fora da escola, já que criamos a convenção que lugar para se aprender é só no colégio, quando na verdade deve-se exercitar todos os campos do conhecimento diariamente dentro e fora da escola. Seja esse conhecimento teórico ou prático. Otimos textos Rogério, continue o bom trabalho!
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Valeu Vinicios. Tem coisa que a gente só aprende fazendo… tem que dar muita aula pra perceber que esse não é o único, nem o principal caminho!
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Irmão/ Cunhado,
vc é chic demais. Agora q descobri q existe vou virar fregues.
Apareçam lá em casa!
Juliano
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Beleza, meu irmão!!! Eu digo o mesmo: aparece também… rs!
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