Saudades do tempo que se foi…

Diguinho, Mamãe e Eu

 

De tempos em tempos (para alguns, quase todos os dias), muitos de nós somos acometidos de saudades da infância e da adolescência: êh, tempo bom!!!

Esses dias estava refletindo sobre esse tipo de nostalgia, e como não sou nenhum psicólogo, provavelmente minhas conclusões estejam equivocadas, mas vou escrevê-las mesmo assim.

Quando temos esse tipo de sentimento, do que é que mais temos saudades realmente? Dos brinquedos? Dos amigos? Da família? Da escola? De que, exatamente? Meditando, meditando, meditando, acho que descobri do que de fato tenho saudades: são das emoções!

Quando somos crianças ou adolescentes, tudo é mais intenso, o tempo passa mais devagar, vivemos sem pressa, sem hora pra chegar (rimei!). Mas a vida adulta nos aprisiona de um modo tão sutil, tão insensível ao longo dos anos, como aquele sapo em banho-maria, que quando comparamos nossa vida (ou nossa agenda) de agora com algumas décadas atrás, nos deparamos com a impossibilidade de viver de novo o que vivemos um dia.

Óbvio! Não dá pra voltar no tempo. Não dá pra refazer trajetórias. Não dá pra sentir os mesmos sentimentos ou pensar os mesmos pensamentos. Amadurecemos, não tem mais volta. Amadurecemos mesmo?

Há algo, no entanto, que podemos exercitar, penso eu. Chama-se: viver o presente!

Pois é, o mais bacana de quando éramos crianças e adolescentes é que vivíamos o presente, não nos angustiávamos (tanto) com o dia de amanhã, não nos preocupávamos com contas para pagar, nem com o panorama político nacional. Tínhamos responsabilidades, a escola nos cobrava isso, mas vivíamos um dia de cada vez. Talvez por isso o tempo nos pareça hoje escorrer por entre os dedos, pois não vivemos o momento presente. A cada segundo, é como se o que tivéssemos fosse só um passado que se foi e um futuro que ainda não veio. Mas e o agora? E a alegria de escrever esse texto, o canto dos pássaros e o vento no meu jardim aqui ao lado, exatamente agora? Há tantos pequenos motivos de alegria no momento presente, que realmente não deveríamos gastar tanta energia com a ansiedade.

Isso me fez lembrar de três versículos bíblicos que gosto muito:

  • Não andeis ansiosos pelo dia de amanhã, pois o amanhã se preocupará consigo mesmo. Basta a cada dia o seu próprio mal.  (Mateus 6:34)
  • Deixem vir a mim as crianças, não as impeçam; pois o Reino de Deus pertence aos que são semelhantes a elas. (Marcos 10:14)
  • Não se turbe o vosso coração. (João 14:1)

Acho que é possível amadurecer, sem perder a capacidade infantil de viver o presente, e o vigor adolescente de querer conquistar o mundo! Vale tentar.

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2 Respostas para “Saudades do tempo que se foi…

  1. Amei a foto da família não mudou nada, Vc continua Fofo… O texto achei muito pertinente, e é um retrato do nosso dia a dia, e eu amei estes textos, principalmente o “não vos agastei com o dia de manhã, e deveríamos sempre lembrar, do seguinte: Se Deus da comida aos pássaros que não semeiam nem colhem que dirá a nós seus filhos bem amados”. Sofremos muitos pelo amanhã e esquecemos o hoje. Bjs Rogério e boa sorte.

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