2014 foi um ano que nos fez recordar de dois grandes eventos: a Grande Guerra, que havia se iniciado 100 anos antes (e que na época não era chamada de Primeira Guerra Mundial, já que ninguém esperava uma segunda pancadaria em tão pouco tempo!); e o Golpe de Estado Civil-Militar ocorrido no Brasil, 50 anos antes.
Neste ano de 2015, nos lembraremos também de dois grandes eventos: o fim da Segunda Grande Guerra, há 70 anos; e a redemocratização do Brasil, ocorrida há 30 anos.
Embora ainda haja focos de conflitos armados em todos os continentes, nada se iguala às inúmeras guerras que assolaram o continente europeu por séculos…. já se vão sete décadas sem que aquelas nações se trancem na porrada! Como poderíamos imaginar uma União Europeia naquele 28 de julho de 1914? Somos hoje uma só civilização global, e isso não é pouca coisa para a história humana!
Já neste lado de cá do mundo, no dia 15 de janeiro de 1985, abria-se um novo cenário político para a nossa nação. Tancredo de Almeida Neves se tornava o primeiro presidente civil do país após 21 anos de Regime Militar (ainda que não tenha assumido). É a primeira vez desde o Segundo Império e a República do Café com Leite que a nossa nação mantém uma estabilidade política por mais de três décadas. Há de se comemorar.
Mas o que eu queria falar mesmo era outra coisa! Hehehe… (depois dessa introdução de quatro parágrafos!)
Aqueles 21 anos de Regime Militar abriram feridas profundas na educação nacional. Sabemos que há os que ainda comemoram o chamado “Milagre Econômico” do final dos anos 60 e início dos anos 70, esquecendo-se de que ali estavam as origens da inflação galopante do final dos anos 70 até início dos 90, além da dívida externa estratosférica e o aumento da concentração de renda e da pobreza. Mas no caso da Educação, o prejuízo me parece mais grave. Estamos hoje iniciando discussões pedagógicas sob os títulos de educação democrática, cidade educadora, conscientização política e cidadania, que já estavam bastante maduras naqueles idos de 1963 (indico o estudo desse período para quem se interessa pelo assunto).
O Regime Militar nos atrasou em mais de meio século em relação à Educação!
Estamos agora em outro momento, no entanto. Vivemos num país democrático e num mundo globalizado (seja lá o que você possa entender por isso), em que os debates sobre a Educação têm se amadurecido bastante, e parece que o perigo de uma hecatombe bélica mundial (desde o fim da Guerra Fria) é uma possibilidade muito remota.
Me animo com as possibilidades educacionais para as próximas décadas, não por ingenuidade românica, mas porque o cenário nacional e mundial nos é favorável. Há muito fogo ainda a ser apagado, é certo, mas quando o Prêmio Nobel da Paz é oferecido a uma adolescente e a um senhor que lutam pela Educação (e isso se torna notório mundialmente), há que se animar.
Enfim… texto sem início, meio e fim, mas eu precisava ensaiar essas palavras nesta manhã de sábado! O mundo mudou porque a humanidade está mudando…
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